quarta-feira, 8 de abril de 2020

"O mundo é cheio de distância. A abundância de extremos afasta a integridade do que é só. Noções de espaço e tempo são relativas, incertas, ilusões. Há nada e há tudo e nada é tudo, porque tudo o que se sabe é nada e é tanto. Imaginando-se o que se conhece cá dentro, pouco há que se conheça."

Comecei esta linha de pensamento há exactamente dois anos e, apesar de não saber como iria acabar, a incerteza traz-me, de certa forma, paz de espírito. A distância em tempo e espaço do agora ao momento passado realça a diferença inevitável do ser comparativamente a si próprio. Eu, num corpo diferente que é o mesmo. Numa realidade diferente que se mantém por ser minha. Passaram dois anos e o mundo continua cheio de distância.

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