segunda-feira, 31 de julho de 2017

pequeno texto à (feli)cidade

A cidade veste-se à noite com luzes de fazer inveja à estrela mais brilhante, deixa-se percorrer pelos corações perdidos de amores e tira o rumo aos que por ele mendigam. Brinca às escondidas com o tempo, como a lua no escuro do inverno, e faz sombra na luz aos beijos de rua.
Vagueando, vivo as pedras da calçada que os antigos nos deixaram para amar e sou feliz entre as ruínas de estórias de romance. Entre betesgas e praças de multidões de silêncios, o segredo que a muralha guarda nos séculos de ser. No alto do Alto, a cidade a nossos pés e a felicidade nas nossas mãos. O vínculo do futuro com a saudade no calor dos corpos eternamente unidos pela vontade de deixar acontecer. Na feliz cidade, o amor. O nosso.