Andas sempre de pasta na mão, cheia de folhas rabiscadas, rasgadas e amarrotadas. O carvão esborratado no branco dá forma a figuras concretas e abstractas. Desenhas o amor, a solidão, a paz e a inquietação. De um traço à toa crias um mundo de criaturas imaginárias. Não há na Natureza aquilo que passas para o papel e tu sabe-lo. Evoluis com o passar dos lápis. Melhoras à medida que os blocos avançam. Todos os dias inventas algo novo, mesmo que não te sintas inspirada. Tiras das mais pequenas coisas o fantástico da simplicidade. Experimentas a novidade, aventuras-te, falhas, rasgas, guardas, fazes bolas e mais bolas de papel e constróis um monte junto ao balde do lixo.
A tua pasta é a tua arca do tesouro. Preciosa. A tua identidade secreta que só dás a conhecer a quem queres. Manténs lá dentro desenhos racionais e irracionais. Desenhas como um artista de nome. És uma verdadeira artista, com o teu nome.
A tua pasta é a tua arca do tesouro. Preciosa. A tua identidade secreta que só dás a conhecer a quem queres. Manténs lá dentro desenhos racionais e irracionais. Desenhas como um artista de nome. És uma verdadeira artista, com o teu nome.